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O título do trabalho dialoga com esse lugar de passagem e também percurso diário dos moradores e visitantes do bairro Campo de Ourique em Lisboa. A calçada, os pedestres, a rua e os veículos são parte e ponto de partida dentro do processo poético da obra. A imagem apreendida – uma antiga porta, elemento comum na maioria dos edifícios e por vezes desabitados do visual urbano de Portugal – passa a ser uma ilusão enaltecida pelo pigmento cor violeta e ao mesmo tempo uma presença física como representação do real. Velaturas de tempo são perceptíveis pelo envelhecimento e despigmentação do papel ocasionada pelos raios UV que sensibilizam o suporte e revelam através da luz do sol. Em caminhos opostos esses mesmos raios ocasionam a sua falência, a imagem em tamanho real é colocada diretamente sobre o vidro da janela, enquanto sob a luz do sol ela aos poucos desvanecerá (pela fragilidade do processo artesanal). 

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